Uns dos pontos que os motociclistas que andam em bonde
têm mais dificuldade de ter harmonia é a questão da velocidade.
Cada motociclista dentro de um moto clube tem um pensamento sobre
de como devem andar em bonde.
Inicialmente vem a idéia que os motociclistas de um moto clube
devem andar sempre juntos, eu também tinha está opinião no início,
porém com o tempo vi que é um objetivo muito difícil de ser
alcançado.
Tal objetivo, andar junto, é difícil ser alcançado por
contrariar o primeiro fundamento de todo motociclista que é –
liberdade.
Não somos iguais ao nosso outro irmão motociclista que andará
no bonde, inclusive não somos iguais a nós mesmos, pois um dia
queremos ir com calma, outros dias já queremos enrolar o cabo.
Assim, diante da contrariedade do primeiro fundamento de todo
motociclista e diante de nossas diferenças, como podemos alcançar
igualdade de pensamento quanto à velocidade?
Será que os tão gostosos BONDES estão perto do fim ou em contra
partida será que o princípio de liberdade é que está?
A meu ver, tudo passa por três questões, sendo estas: de
organização, consciência e de respeito a sua palavra.
Da Questão de Organização
Devem
os motociclistas ao combinar uma viagem em conjunto, formando um
Bonde, organizar e deixar bem claro a todos os seus participantes
que:
1 . A qual velocidade o Bonde vai andar;
2 . Qual a distância a ser percorrida entre cada parada, já
determinando os locais de parada, se for assim for possível;
3 . O tempo de cada parada;
4 . Local de encontro no destino;
5
. Outros aspectos.
Uma questão importante, se nada for combinado ou organizado não
se poderá exigir ou mesmo querer que qualquer motociclista tenha
respeito ou siga o bonde, pois ele não criou compromisso.
Da Questão de Consciência
Devemos
ter em mente sempre o primeiro fundamento do motociclista que é o
respeito à liberdade.
Assim, não existe qualquer desrespeito, falta de companheirismo
se um motociclista decidir não ir no bonde no limite de
velocidade fixado.
Tem cada motociclista o direito de escolher se anda mais
forte ou não, se vai no bonde ou não.
A questão de consciência se faz presente no sentido que cada
motociclista tem o dever de respeitar a decisão de seu amigo, de
seu parceiro, se vai andar no bonde ou não.
Da Questão de Respeito à
Palavra
Cada
motociclista é livre, tem a liberdade de escolher se anda ou não
no Bonde.
Porém, quando ele toma a decisão de andar no bonde ele esta
empenhando sua palavra que vai aceitar as regras estabelecidas,
tais como limite de velocidade, tempo de parada e outras decisões.
Ele deixará o seu direito fundamental de liberdade em prol de
outro fundamento do motociclismo que é o do companheirismo.
Quando ele viola as regras do bonde, além de faltar com respeito
aos demais motociclistas, deixar sua palavra sem valor, ele está
colocando em risco a amizade e inclusive a segurança dos demais,
pois a partir da formação do bonde estão contanto com ele.
A meu ver a questão do bonde versos velocidade pode ser definido
através de uma simples atitude, tudo é questão de organização.
Ulisses José Ferreira Neto
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